terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sindicalistas se perpetuam no comando

Com a promulgação da Constituição de 1988, os sindicatos passaram a ter autonomia com relação ao Poder Público. Contudo, a autonomia, duramente conquistada, paradoxalmente, vem servindo para proteger práticas antidemocráticas. Alterações estatutárias que aprovam reeleições infinitas e ampliam a duração de mandatos são os primeiros passos que presidentes dão para se eternizar em sindicatos. Ninguém toca com profundidade no assunto porque é difícil encontrar um dirigente sindical com menos de 10 anos no poder. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Região de Paulo Afonso, Ademar Fagundes, torna mais compreensível a tese. Além dele, o do Sindicato dos Comerciários, presidido há 13 anos por Adauto Alves, e os diretores do Sindicato dos Eletricitários (SINERGIA) em Paulo Afonso, conseguiram se eternizar. Evidentemente estas práticas ora denunciadas não são características de todos os sindicatos.
O Ministério Público (MP) deveria investigar as denúncias de suspeitas de reeleição irregular, acordos escusos, patrimônios dilapidados e uso para fins pessoais dos recursos dos sindicatos.

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