terça-feira, 25 de novembro de 2008

Câmara Municipal ‘abusa’ e reajusta salários em até 95%


No município de Glória, que tem uma população de aproximadamente de 18 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Câmara de Vereadores reúne-se para sessão uma vez por semana, às terças-feiras, pela manhã. Atualmente, os nove parlamentares recebem, para desempenho da função, um salário de R$ 2.080,00 mas, seguindo uma prática comum em fim de mandatos, votaram, ainda antes do processo eleitoral, o valor dos vencimentos para a próxima legislatura. Até aí, algo comum, já que, via de regra, a maioria das Câmaras faz o mesmo, visto que, conforme a Legislação, tais reajustes devem ser aprovados através de lei específica, passando a vigorar a partir da legislatura seguinte.
Mas o que chama a atenção na cidade dormitório (como é chamada), de economia essencialmente agrícola, com relação à deliberação dos vereadores quanto ao ajuste no valor dos vencimentos, contudo, são os percentuais, já que o aumento aprovado no mês de setembro destinado aos secretários municipais, controlador e procurador do município foi de nada menos que quase 95%, o que faz com que os salários saltem dos atuais R$ 1.560 para R$ 3 mil.
O presidente da Câmara de Glória vereador Jose Nilson Sá Oliveira (DEM), reeleito em outubro com 812 votos, afirma que a aprovação da lei estabelecendo o novo vencimento implica a determinação de um teto, que não tem que ser necessariamente atingido. “A gente vota, aprova, mas dificilmente os salários chegam ao teto, porque a gente tem que atender ao limite orçamentário, explica.

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