PAINEL

É tome imposto

A cobrança dos impostos PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) em contas de consumo sobre as contas de telefone e energia elétrica também e outra aberração que nós engolimos sorridentes. Às vezes concluo que o pauloafonsino dorme em berço esplendido desiludido por que não tem a quem reclamar ou não acredita nos cartolas da Justiça. E essa segunda opção parece-me a mais lógica. Não sou autoridade no assunto, autoridade mesmo é o Dr. Luiz Neto, porém, creio que há ilegalidade nessa cobrança, tendo em vista que o PIS e a Cofins devem incidir sobre o faturamento bruto da empresa e não por cliente.

É tome moleza
Outra carência é em relação à Vigilância Sanitária municipal. Dificilmente se ver esse pessoal nas feiras ou supermercados da cidade. Produtos como queijo, carne, iogurtes não são fiscalizados e é quase rotineiro se encontra esses produtos com prazo de validade expirado em alguns supermercados. Na feira, eu heim! nem pensar! o que prevalece mesmo é a cobrança da taxa e nada mais. A ADAB também precisa agir na fiscalização ao leite comercializado no município.

Falta vontade

Enquanto não resolverem o problema de desordem, descumprimento das leis mínimas de uma sociedade, carros nas calçadas, animais nas ruas, moradores de ruas, lixos, entulhos, sem falar na poluição Sonora, nossos poderes constituídos não adquirem a credibilidade merecida da população. Quantos bares e "botecos" fazem seus shows a céu aberto durante a madrugada enquanto os cidadãos que pagam impostos tentam descansar pra trabalhar no dia seguinte? Os governantes e instituições não têm a coragem de fazer cumprir as Leis.

O Brasil tem a segunda maior carga tributária do mundo, e juros bancários também...

Hoje, o custo direto dos impostos no bolso da sociedade está na ordem de 35,1%. Quem é o mais sacrificado, nessa história, é quem consome menos, aquela massa que vive do Bolsa Família ou quem nem isso percebe, e tem que contribuir com os impostos, como se rico ou remediado fosse. Todos produtos( todos) destinados ao consumo, vendidos no comércio regular pagam um terço do seu valor em impostos. Somos componentes de uma nação tão esquisita que, por exemplo, serviços essenciais, como água, esgotos, iluminação doméstica ou industrial, pagam os impostos mais caros do mundo. Tem quem fabrique água?

Para completar, temos os serviços públicos nas áreas de saúde e educação, a base essencial para o desenvolvimento de uma sociedade, os mais vagabundos do mundo, africanizados e, estranho, nessas áreas vitais para a promoção da riqueza do indíviduo, os dirigentes desses setores, no Brasil, ou são incompetentes ou analfabetos. Raros professores vão às salas de aula, ensinar.

Agora mesmo, com objetivo exclusivo de se manter no poder, o governo gasta com um tal de PAC – Plano de Aceleração do Crescimento, uma fortuna, com obras que jamais serão concluídas. Não se tapa buracos das rodovias; não se constrói uma hidrelétrica, porque o Ibama não deixa, passa 20 anos no papel e, quando saí do papel para execução, não acaba nunca! Não temos ferrovia; não temos escolas; não temos hospitais; não temos uma política séria de saneamento básico; não temos um desenvolvimento agrícola planejado; não temos meios decentes de escoamento das safras e, com os recursos arrecadados com a maior carga tributária do mundo, nossos servidores públicos, dos três poderes, ganham os maiores salários do mundo e, pior, temos que suportar os mensalões ou mensaleiros (as malas voadoras com milhões e milhões de reais?), dólares na cueca, e até nomeações secretas, como as do Senado, e a distribuição escandalosa de passagens aéreas e outros tipos de favores, através das mais variadas casas legislativas do país.

Vive o Brasil alimentando uma quantidade imensa de párias, os beneficiados pelo Bolsa Família, improdutivos, desambiciosos, que gastam as migalhas que recebem nos botequins da esquina ou na fila da Caixa Econômica, nessas milhares de bancas da jogatina oficial, com aquela ambição de pobre, que um dia vai ficar rico, não sabendo que um desses jogos da Sena, mantidos pela Caixa Econômica acumulam prêmios seguidos, por falta de ganhador e, em média, são feitas por jogo, em torno de 360 milhões de apostas, engordando certos setores “sociais” com essa montanha de recursos, onde um terço apenas é revertido para o apostador premiado.