sábado, 24 de janeiro de 2009

Motoristas e cobradores encerram a greve em Paulo Afonso

Fim da paralisação, que durou 24 horas, foi definido no início da noite de ontem.


Acabou a greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus do sistema de transporte coletivo de Paulo Afonso. O fim da paralisação, que durou 24 horas, foi aprovado ontem à noite por representantes da categoria, após acordo entre a direção das empresas e o poder público municipal. Segundo informou agora a pouco o Procurador Geral do Município, Dr. Flávio Henrique Magalhães Lima, o prefeito Anilton Bastos, sensível à causa e preocupado em não penalizar os usuários dos coletivos mandou antecipar cerca de R$ 80, 000,00 à Vitran, relativos ao mês de janeiro. O chefe do executivo admitiu que o adiantamento não é o desejado mas foi importante porque encerrou a greve. "Voltamos à normalidade dos serviços oferecidos aos usuários”, comemora.
Agora pela manhã, dirigentes da Vitran e Aratú participam de uma reunião com o procurador do município e o secretário de Administração Valdenor Alves Teixeira na tentativa de buscar uma saída satisfatória para o atraso no repasse dos recursos dos últimos três meses do ano passado, proporcionado pela gestão anterior. A crise no transporte coletivo de Paulo Afonso vem se arrastando há anos e um dos agravantes é refletido pela gratuidade excessiva aprovada sem critério na Câmara de Vereadores, aliada ao preço do bilhete, considerado fora da realidade. A “lei de Gerson” beneficia populares, autoridades, parentes e amigos próximos dos vereadores. Alheio ao desespero dos funcionários sem salários há três meses, o ex-prefeito Raimundo Caires somente ontem resolveu entregar a sua prestação de contas à secretaria de Administração, cujo relatório deverá ser divulgado pela prefeitura na próxima semana. Não se sabe ao certo, mas, estima-se que o rombo deixado por Raimundo Caires, entre salários e fornecedores pode ser superior R$ 20 milhões.

Foto: PANotícias

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