quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Negromonte admite insatisfação de prefeitos com o governador


Rejane Carneiro / Agência

Fonte:Tribuna da Bahia
O Partido Progressista (PP), que na atual conjuntura da política baiana, de um lado permanece fechado com João Henrique (PMDB) na prefeitura de Salvador e de outro compõe com o governador Jaques Wagner (PT) no governo do estado, se reuniu ontem à noite, em Salvador, para iniciar as discussões sobre que rumo tomar em 2010. Embora nada tenha sido confirmado oficialmente, o presidente estadual do partido deputado federal, Mário Negromonte, não escondeu a insatisfação de prefeitos da sigla com relação às demandas reprimidas por parte do governo estadual e, com base nisso, disparou que se o cenário não mudar tudo pode acontecer no próximo pleito, inclusive, o PP passar a apoiar a tão declarada candidatura do ministro Geddel Vieira Lima. “Temos aliança com o PMDB a nível federal, em alguns municípios baianos, como Salvador, e, além disso, muitos companheiros mantêm relação pessoal com o ministro. Portanto, posso assegurar que não teria nenhuma dificuldade de o PP num futuro próximo passar a apoiar seu partido em âmbito estadual”, disparou. Segundo Negromonte, é preciso deixar claro que os acordos do presente não implicam aliança automática para 2010. “Nós apoiamos o governo, mas isto não quer dizer que estamos alinhados a 2010. Há muitas reclamações dos prefeitos de não terem suas demandas atendidas. Muitos até falam, somos governo, mas não somos agraciados com nada”, declarou. Questionado sobre as especulações em torno de seu nome para a chapa majoritária de Wagner reiterou que o assunto ainda será objeto de discussão interna. “Nada está definido. Vai depender de muita conversa”. Vale ressaltar que o novo cenário com que o governo Wagner trabalha passaria pelo fortalecimento de pelo menos dois partidos aliados, o PSB e o PP, onde o primeiro ganharia o atual presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo (PSDB), e uma parcela dos cerca de 12 parlamentares que o governador gostaria de ver filiados a uma única daquelas legendas que lhe dão apoio na Assembléia Legislativa. Para o PP, com a concordância, naturalmente, dos caciques progressistas João Leão e Mário Negromonte, seria convidado o atual conselheiro Otto Alencar, do Tribunal de Contas dos Municípios, que, não obstante, nega qualquer interesse em voltar à vida política e, consequentemente, disputar o Senado, vaga que gostariam de lhe conceder na chapa governista em substituição à figura de Geddel. Como recompensa o PP teria garantia de a legenda indicar o substituto do atual secretário de Indústria e Comércio, Rafael Amoedo.

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