quinta-feira, 23 de abril de 2009

PAINEL

FRASE
“Ao final, não nos lembraremos tanto das palavras de nossos inimigos, senão dos silêncios de nossos amigos.”
Martin Luther King Jr
Imoralidade
No ano que vem, o calendário eleitoral nos permitirá eleger o presidente da República, os governadores, deputados federais e estaduais e dois senadores por Estado. No rádio e na tevê, em horários obrigatórios, os diversos partidos exaltarão seus candidatos, creditando a eles virtudes excepcionais. Não dirão uma só palavra sobre as safadezas cometidas com o dinheiro público. Não aceitarão ser cobrados pela omissão e pela cumplicidade face aos pecados de seus representantes no Congresso, nesta lamentável fase vivida pela República. É bem que cada eleitor anote em suas cadernetas os atuais escândalos e cobre caro, no pleito de 2010, pelas mazelas a que estamos sendo submetidos. Em tempo: diante da indignação geral, a Mesa do Senado decidiu cortar a extensão do bilhete aéreo a familiares dos senadores, mas já cogita aumentar os subsídios deles para compensar o “prejuízo”. Pode?
Aproveitadores
É verdade que num passado não muito distante já foi pior. Permitia-se que prefeitos, vereadores e deputados ganhassem aposentadorias após o cumprimento de seus mandatos. Como se a missão cívica fosse emprego! Prefeitos e vereadores perderam a boquinha, mas os deputados a mantiveram. Claro: eles é que redigem as leis...Houve tempo também em que os governantes podiam nomear à vontade esposas, filhos, noras e sobrinhos, além das amantes, garantindo-lhes polpudas aposentadorias. O nepotismo vem sendo combatido e eliminado, mas ainda viceja aqui e ali, graças a estratagemas bem urdidos.
Abuso
Nas últimas semanas, a imprensa independente vem informando sobre novos escândalos, incompatíveis com o imperativo de moralidade exigido pelo povo. A Nação, estarrecida, tomou conhecimento da farra dos telefones celulares e passagens de aviões utilizados indiscriminadamente por suas excelências, membros do Senado e da Câmara Federal. O que deveria estar sendo utilizado para facilitação do transporte dos parlamentares a seus Estados de origem, acaba ensejando a entrega de bilhetes a parentes, namoradas, artistas de teatro e tevê. Uma festa com o dinheiro público! O destino das viagens? Miami, Buenos Aires, Paris, Londres etc. etc. Se o deputado ou senador não chega a usar sua cota de passagens no mês, deveria simplesmente estornar o crédito, aliviando o erário.


Para Refletir
Com a colaboração da Ir. Lêda da 1ª Igreja Presbiteriana
“Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”. Isaías 28:16

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